Simplesmente a melhor casa noturna de Belo Horizonte. Bom para brasileiro, bom para gringo, o lugar é bom para todos. Bem, mentira. A casa tem, sim, um perfil, um pouco difícil de definir, mas é para a galera menos tradicional e mais rocker; menos família mineira e mais solidariedade verdadeira; menos alineação e mais discussão. É uma galera interessada em boa música.
Não sei quantas vezes já fui à Obra e quantas emoções já vivi por lá. Já fui quando estava bem, quando estava mal, quando estava comemorando ou quando estava tentando animar um amigo. Em todas as vezes, a Obra não decepcionou.
O estilo é inferninho, mas não mete medo. Para quem já frequentou a Obra no tempo em que não era proibido fumar em lugares fechados e não tinha ar condicionado lá dentro - o cheiro só saía do cabelo na terceira vez que lavava - hoje o lugar é quase um shopping.
A Obra é também camaleônica - recebe shows, mesmo em espaço reduzido; e o Campeonato Mineiro de Surf. Não acredita? Eu juro.
Pontos fortes: pista, bar, música, paquera, Tião, DJs, ou seja, tudo. Alo longo de todos seus anos, de alguma maneira, evoluíram sem perder a essência
Pontos fracos: Obra, só tem uma.História da cena alternativa da cidade! Literalmente underground, um porão da Savassi com espaço para música autoral de todas as partes do país, por ser referência nacional.
Se você quer apenas dançar e se divertir numa noite de sábado, chegue lá às 2 da madruga. Mas fique ligado na programação de bandas que ocupam o espaço quarta e quinta-feira, pois quase sempre tem uma atração interessante.
Frequento A Obra desde seu início (1998) e posso dizer que o Bar Dançante foi muito importante na primeira década do novo milênio para a música independente do país, principalmente a feita em Beagá.
Não sou fumante, nunca fui, mas quando ainda se podia acender um cigarro em locais fechados, A Obra era um espaço muito mais legal. "Que tempo bom, que não volta nunca mais".
Procure conhecer a estória de como (por que) nasceu. Também sobre a figura de seu criador, Claudão Pilha. É uma aula de história da música feita pelos próprios músicos na virada do século.É um lugar que faz parte da história de Belo Horizonte. Faz muitos anos que ela está lá firma e forte. O público que frequenta é bem fiel, para quem curte Rock não tem como não conhecer ou vim para Belo Horizonte e não ir conhecer. Eu conheci através de um amigo que é apaixonado por aquele lugar, ele vivia dizendo que eu não era daqui por não conhecer lá. Essa paixão toda me vez ir lá conhecer.
O lugar é bem pequeno e escuro (A primeira vez que fui fiquei um pouco agoniada) . Dica: Quando descer a escadinha abaixa a cabeça, experiência própria. Tem um clima bem voltado para quem curte esse ritmo de música. Eu achei lá muito bacana, diferente e um ambiente que você fica a vontade. Os preços são muito acessíveis. Recomendo lá para quem gosta de lugares mais alternativos, para quem está querendo conhecer um lugar que faz parte da cultura de BH. É um lugar que é super receptivo, mesmo se você não curte esses lugares mas tiver a curiosidade de conhecer você vai se sentir bem mas para quem curte esse estilo vai se identificar bastante e com certeza vai querer voltar.