Fica num lugar lindinho, adornado por flores, aconchegante e amplo. Divide espaço com outros restaurantes, o que é uma vantagem: dá pra tomar uma cerveja diferente ou, caso alguém da mesa não curta comida japonesa, pedir petiscos ou pizza nalgum dos colegas à volta.
Vamos nos ater à comida japonesa: é ótima. E de bom preço. O dono é um senhor japonês que tem larga experiência no assunto e já cozinhou por todo canto do mundo. Fato é que eles servem algumas coisas que são atípicas dos concorrentes belo-horizontinos. Por exemplo: no Ochi tem tamago zushi (niguiri de omelete), sushi de quiabo e okonomiyaki à moda de Hiroshima (ao contrário da típica massa de ovo e farinha de trigo com legumes e carne, este é composto por um primeiro layer de massa, outro de recheio, coberto por macarrão de yakissoba com uma manta de ovo batido por cima de tudo).
Não dá pra falar de peixe fresco em Belo Horizonte (desculpa aí, gente), mas o Ochi trabalha muito bem com o que tem. Tanto os sushis de salmão quanto os de atum são muito bons. Eles também fazem ótimos sushis de polvo (sempre cozido no ponto correto, coisa muito difícil de achar) e de haddock. O arroz é tratado com a reverência que se deve, na cocção e na quantidade de tempero - pelo que já li, o que usam é uruguaio, de uma marca que dá pra comprar na Mercearia Tokyo, inclusive.
Desaconselho: cogumelo na manteiga (só se tiverem trocado o molho tonkatsu, porque usavam um que era salgadaço) e tempura em dias de lotação máxima (parece que, na correria, não deixam o óleo esquentar suficientemente pra fritar sem encharcar a comida). No mais, divirta-se.